IX.

Ela costuma dizer que sua profissão é escutar, sublinhar o silêncio – principalmente se é um louco quem fala. Nisso, sim, vê uma grande concretude. Mesmo que a fala seja maluca, ou seja, coisa que se desdobra pra dentro. Loucura há. Então, quem está, se está falando, está falando é da tentativa de mapear o tempo. Aí é o inferno. Caminhar a pedra é muito mais fácil do que contorná-la. Então grita “Que a loucura se guarde para fora, e que todos os lados mais remotos respinguem!” (coisa imperdoável!).