III.

Tentam a impor isso, um ‘eu’, um centro, um nome, uma tramitação química que explique sua recusa em ser ela, em se comunicar harmoniosamente com um outro. Pertence mais às fraturas do que a qualquer sonho de juntura, e a razão com que tenta fundar sua loucura particular é mais fluida do que qualquer desses sóis que vertebram o sonho do ‘eu’ da casa, o sonho de ir sendo, o sonho de saber-se agora dividida em pensamento e carne, o pensamento agulhando a carne, a carne agulhando o pensamento. Não quer mais ser toda razão. Não quer mais esse modo seguro de quem operacionaliza até o barulho dos pássaros bebendo água. É a hora orifício o que procura, como um papel amassado, displicentemente largado em sua gaveta – não sabe se de perdidos ou de achados; papel quase branco, apenas uma vírgula no canto. Debaixo dessa vírgula, o necessário.