XXXIV.

Alice deve estar entediada, nunca assertiva, nunca com a palavra certa pra ressoar o som da coisa, nunca com seus sentimentos enlaçados ao sentido exato, nua mesmo quando vestida, mesmo quando passeando os dedos por entre os cabelos enroscados em seu silêncio levemente rouco, se chamando de “complexólatra” embora dizendo que a vida é substantiva embora enigmática, palpável. “Quase posso ouvir-me embrulhada por dentro e por fora em uma filosofia tão corpórea, em línguas de gramáticas tão opostas, sempre perturbando a linha divisória entre sentido e sentidos”.