¨ somente sons..

Gesticulava descontroladamente, emitindo palavras quase todas alheias a sentidos; apenas havia fonética. Sons para preencher os espaços vazios, os comas ou, também, o momento silencioso e atordoante do staccato de uma música pessoal em extrema desarmonia, fruto de acontecimentos considerados ilógicos perante os conceitos preestabelecidos.
Mundo tradicional. Das leis, dos limites, das imposições e dormências.
Novamente, o mundo dos anestesiados que não se questionam. Todos falam bastante, mas dizem poucos válidos comentários. Durante esse momento, eu falo eloqüentemente, e com outras intenções, porque emito sons para afugentar o sentimento de indiferença que tenho por todos aqueles que supõe as merdas que falam verdades absolutas.