Rude
Mesmo quando diz sim.
Não pelo o que há de liberto,
Em simplório gesto
Vê-se pequeno,
Menor que os insetos
Que sugam suas coxas
E logo rumam pra outra.
Seu sim,
Espécie de alforria,
Negros libertos
A dizer:
Quase morro
Quando subo o morro!
Sim...
Som que espalha-se
Por entre as cortinas,
Revistas antigas,
Canteiros, cantigas
Sim,
Prossiga!
Em caso de dúvida
Liga.
Jamais siga tendências,
Elas tendem a desabrochar.
Nenhum modo, nem moda.
Siga atentamente.
Bobagem se preocupar
Com o jeito de caminhar.
Água e cerveja.
Esqueça os desastres.
Lembre de sonhar.
Não cure a ferida
Vil também vívida...
Dói dos ralos cabelos,
Até o vão calcanhar.
Sim
Para o esfarrapado
E o burocrata.
Sim sem ensaios,
Sem jogadas:
Sim.
Ah, sim...
Pra não negar
O osso,
O esgoto,
O desgosto,
O cachorro
Sem molho,
Ou com molho,
Pronto pra salgar.
O dente doído.
Elo corrompido.
O pai, o marido.
O vão do umbigo
A centralizar.
O que há de ser e
O que há de sarar,
Num tempo quando
Onde, o ontem
Amanhecerá?