¨ enquanto isso..

(à minha sempre amiga, Lúcia Bittencourt)


O mar, inteiro. Tampouco ando, nem tento. Paro e sinto, rio. O dia é cinza e gosto, também faz bastante calor agora. E docemente a maré, e levemente as curvas e toda energia. Faz tempo não te escrevo, Lúcia. Me falta um tanto. O livro, a cama, o cheiro, a xícara. Me basta o céu às vezes, descortinando os dias. Eu tenho uns medos meus, alguma aresta a ser podada, um susto. Mas nada de tempestades. Canalizando naturezas, e revelando lumes. Um tempo adentro, sem demoras porque não há esperas. Apenas ciclos, ventos, climas, brilhos. E ainda resta a maré.