À noite, quando as casas dormiam, escondidas, elas escreviam poesias.
Diziam do que viam nos dias, no vento, na chuva. Diziam do que sentiam e não revelavam a mais ninguém. Diziam muito, sobre tudo. Tanto, que viraram palavras, perdidas nos cadernos, nas paredes, na terra solta dos canteiros dos jardins.
Diziam do que viam nos dias, no vento, na chuva. Diziam do que sentiam e não revelavam a mais ninguém. Diziam muito, sobre tudo. Tanto, que viraram palavras, perdidas nos cadernos, nas paredes, na terra solta dos canteiros dos jardins.