¨ fim, final..

Pois é. Este foi um caso de livro que começou agradando e que foi perdendo o fôlego a cada página virada. Deixei-me enganar, ou estou sofrendo de um caso agudo de ciúme: porque é que ele já vai no sétimo livro e eu fico batalhando para escrever um? Ainda existe espaço para a literatura, a arte? Por que o livro agora é um produto industrial, regido pelas leis de mercado, e blah, blah, blah. Para finalizar os comentários acho que a tradução deveria ter torcido um pouco o título, para revelar melhor o conteúdo: Parque lunático. Me lembrei de um livro muito ruinzinho de Mário de Andrade, chamado 'O Banquete'. Pouca gente conhece, ficou inacabado devido à morte do autor. Embora o formato estivesse pesado e discursivo, as idéias eram boas, as críticas pertinentes. O prato que os americanos levam ao banquete é uma salada: linda, colorida, variada, mas sem substância e usando as coisas todas sem critério. O Bret faz isso, junta batata frita com sorvete de creme e tenta nos convencer de que se trata de nouvelle- nouvelle cuisine. História de fantasma, droga, sexo (pouco), reality show, psicanálise, uma pitadinha de Shakespeare (Elsinore, Fortimbrás, o fantasma do pai, tudo isso é Hamlet), demonologia e psicanálise, um pouco de tudo ao invés de saciar, enjoa. Terminei o livro nauseada. Mas terminei e isso se deve ou à minha paciência ou a algum talento do autor. Suponho que ele tenha talento, pois estou cada vez mais sem paciência... E chega!