Meu poema de amor
imagina o sangue de altares de ouro,
o abuso de autoridades de homens pequenos,
a gradeza sufocada no silêncio das crianças...
Meu poema de amor
traz manhãs de setembro para tardes de abril,
tem a nudez discursiva das madrugadas
e escorre do coração para o mar.
Meu poema de amor
morre de braços abertos
para seres de corações fechados,
para catedrais sem deus e religião de dor.