¨ sinto-me..

Respirar compassado
olhos infinitos, cadê meus óculos?
perdi-os...
sinto meus pés a sustentar-me
essa cabeça louca
insustentável, por segundos
insuportável, por milésimos deles
sinto mãos e braços
abraço-me de doçuras
de peles, cada célula-unidade
unidas em conjuntura
por amor à vida
vejo-me, no espelho
dentes mais brancos
sorrisos mais limpos
olhos brandos e tontos
de tanta amplidão, abertura
dilatei-me. isso é liberdade?
lança içada. lançada estou.
protegida e jogada
esparramada em mim, no meu
caso e amasso
sinto-me sendo
sã, salva
nova, noiva
de um altar abandonado (?)
Sorte

Há males que vem para o Zen.